sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A última do Ano Velho!


Não me perguntem se é Nyanja ou se é Jauá, porque não saberia responder. Mas lá que é uma rica febra eu não tenho dúvidas. A única coisa que não se coaduna com o panorama que se vê à volta dela são os tacões das sandálias. Porque terá ficado calçada depois de tirar a roupinha toda?

domingo, 16 de dezembro de 2012

Antes que acabe o ano!


Só para marcar presença!
Pelas muitas habitações que aqui se vêem e no meu tempo não existiam, esta foto deve ser bastante recente. As ruas também cresceram e multiplicaram-se, enquanto que a pista, por falta de uso, deixará de se avistar do céu por causa das ervas que a cobrirão.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Curandeiro 5 estrelas!

Peço um favor a quem visitar este blog - se conhecerem a língua em que é feita a reza deixem aqui um comentário, pois tenho a maior curiosidade em descobrir.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Um Niassa de sonho!


Esta imagem não é do Niassa. Mas podia ser, não podia? Mangueiras como estas era o que mais havia por lá e farturinha de água também. Então onde está a diferença? No cuidado que se nota neste espaço, o que dá a entender que andam por aqui turistas que deixam os dólares, coisa que não acontece em Metangula.
Se alguém investisse na construção de dois ou três resorts de férias e reactivasse o aeroporto... outro galo cantaria! E não seria o do sargento Veloso!

domingo, 11 de novembro de 2012

Música na Chuanga!


Realizou-se esta semana na praia da Chuanga o Festival de Música do Niassa. Esta imagem, refiro-me à paisagem que se avista, deve ser a coisa mais vista e repetida em todos os álbuns de fotografias dos veteranos de guerra que passaram pelo Niassa. Deixo aqui esta fotografia para eles verem o aspecto da praia, há apenas 5 dias, e matarem saudades da imagem que já não vêem há perto de 50 anos.
Há por aí alguém que gostasse de lá ter ido e dançado uma batucada?

À volta de Metangula!

Até agora «chambo» era apenas nome de peixe. Um peixe muito comum no Lago Niassa e que eu também tive a sorte (ou azar) de comer quando lá estive em 1967. Como não tínhamos ao nosso dispor redes ou outras artes para os pescar, atirávamos-lhe com uma granada e era só recolhê-los para dentro do bote.
Peixe de água doce não tem grande paladar, a menos que o cozinheiro seja um barra e se esforce por agradar àqueles para quem cozinha. Não era o caso na CF8, pois o mestre cuca que nos tinha calhado em sorte, já não me recordo do seu nome, só era barra a entornar o garrafão do tintol que ia buscar ao paiol para os temperos. Mas quando a fome aperta... não se pode ser esquisito, marchou o chambo e marchava qualquer coisa que pusessem à nossa frente.


Chambo agora também é nome de barco e, por sinal, um bem importante, porque além de ter sido construído em Peniche e viajado de comboio até ao Lago Niassa, é o primeiro navio digno desse nome a navegar por conta dos moçambicanos. O único navio que andava por aquelas paragens, refiro-me à costa moçambicana do Lago, era o velho Ilala do Malawi, mas parece que vai ser retirado de serviço. Ou pelo menos vai deixar de passar pelo Cobué e Metangula.


Agora só falta construir uma ponte-cais onde ele possa acostar. Vou ficar de atalaia para ver se essa notícia aparece no Jornal Faísca que é o meu fornecedor de informação, de momento. Ainda não percebi porque não utilizam a velha ponte-cais onde atracavam as nossas lanchas de fiscalização, na baía de Tungo. Se é por ser pequena demais, aumentava-se um pouco e ficaria a obra mais barata. Enfim, eles é que sabem!

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Vamos apanhar lenha?


Para não deixar cair este blog no esquecimento, aqui vai mais uma imagem do Niassa. Esta cena não é novidade nenhuma para quem conhece o Niassa, apanhar lenha é o pão nosso de cada dia para quem não tem electricidade nem gás canalizado em casa. E sem a fogueirinha da ordem não há comida para ninguém, não é verdade?

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Au,au,au...!


Julguei que só cão é que ladrava!
Quando cheguei a Metangula e ouvi os macacos ladrar fiquei de olhos arregalados. Depois tive uma breve lição de zoologia e fiquei a saber que há um animal com cara de macaco e que ladra como um cão, o macaco-cão. E sabendo isso já não me pareceu tão estranho assim ouvi-los ladrar.
Na estrada que partia de Metangula para Vila Cabral, via Nova Coimbra, havia sempre grandes bandos de macacos dessa espécie. Empoleiravam-se nas árvores e comiam mangas... à falta de melhor. De noite assaltavam as capoeiras, na povoação, e roubavam as galinhas ao povo para encher a pança.
Esta foto foi tirada na estrada Meponda - Lichinga por um dos membros de uma equipa de «médicos sem fronteiras» que andou por lá ajudando no controlo da sida.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Tentações africanas!


Guerrilheiras como estas nunca encontrei lá pelo Niassa!
Os pratos nas orelhas eram dispensáveis, o canhangulo arrumava-se para um canto e depois de um banhinho refrescante nas águas límpidas do lago pouca diferença faria da Sylvia Kristel! Alguma dúvida?

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Michumwa!


Antigamente dizíamos Nova Coimbra. Consultando o mapa de Moçambique lemos Michum. Para quem transita nas estradas do Niassa aquilo que vê nas placas de trânsito é «Michumwa». Será o dialeto Nyanja que obriga ao acréscimo de duas letras extra? E qual será o seu significado?
Quem souber que me responda!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Melhor do que eu pensava!





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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Os mosquitos do Niassa!

Só quem lá esteve e assistiu a esse espectáculo é que sabe o que isso é. Se quiser ver uma fotografia que ilustra aquilo que quero dizer, clique no link seguinte.
nuvem de mosquitos

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Os velhos e novos tempos!

Todos parecem lembrar-se do grande embondeiro que havia ao pé das oficinas da Marinha. Há dias apareceu no Facebook a foto que podeis ver abaixo e houve quem dissesse que se tratava desse embondeiro. Pela posição das montanhas que aparecem ao fundo eu estou convencido que não é o tal. Olhando para o recorte do Tchifuli, a foto parece ter sido tirada de uma pequena sanzala que havia atrás do pequeno hospital, perto do topo norte da pista.


Também houve quem aventasse a hipótese de tratar-se de um outro que havia no topo sul da pista de aviação. Desse não me lembro muito bem, mas juraria que também não é esse. Na imagem abaixo podem ver uma foto relativamente recente dessa zona, onde foi instalado o serviço oficial de controlo e apoio das pescas.


E agora, pondo esse assunto de lado, deitem a mão a uma caçadeira e vamos aos jacarés. Há sempre quem precise de um par de sapatos novos e nós tratamos de arranjar a matéria prima. Vamos a isso?


quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A coisa agora vai!

Chegou ao Niassa o primeiro dos barcos construído nos estaleiros de Peniche. Eu já andava admirado com a falta de notícias. Através do Facebook e da minha ligação ao jornal Faísca de Lichinga, lá consegui tomar conhecimento da notícia.


E que tal esta imagem da península de Metangula tirada a partir da ré do Chambo (assim foi baptizado o primeiro ferry-boat encomendado aos estaleiros navais de Peniche)? Uma maravilha que nos mostra que já existem algumas construções novas onde antigamente não havia nada.


domingo, 23 de setembro de 2012

Dantes era assim!


Mais de 50 anos depois, poucos se lembrarão já destas imagens e até mesmo do nome desta cidade. Resquício dum tempo que muitos querem esquecer, mas de muitas e boas memórias para muitos outros que não esquecerão nunca, eis a capital da província do Niassa, Lichinga como agora se designa.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Como o tempo passa!

Mais um mês é já decorrido desde que publiquei a última mensagem neste blog. O meu objectico de congregar à volta deste blog muitos dos que passaram por Metangula nos velhos tempos não foi atingido. A tentativa de arranjar um grupo de pessoas, em especial jovens, residentes no distrito do Lado, foi também um fracasso completo. Pensei que pudessem ajudar-me enviando fotografias para vermos como tem evoluido aquela terra onde passamos uma parte da nossa vida, mas ou não querem ou não podem e assim sendo nada feito.
Vou publicando aqui algumas fotos, novas ou antigas, e vou esperando que um golpe de sorte me ponha no bom caminho. Há tempos entrei em contacto com o jornal "Faísca" que se publica em Liching e consegui alguma coisa, mas não muito. Nota-se que é uma publicação pobre que vive, ou sobrevive, da carolice de alguns que nunca desistem. Mas como as únicas notícias que veicula são sobre política e a Frelimo não serve de grande coisa aos meus propósitos.
Admirem esta bela foto da península de Metangula, com o Tchifuli a servir de pano de fundo e um arco-íris de esperança anunciando um futuro mais risonho.


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Cobué - O fim do mundo!


Se não fosse pelas ilhas Likoma que se vêem na linha do horizonte eu nunca descobriria que esta foto foi tirada no Cobué. Não fui dos que passou muito tempo no Cobué, de facto apenas passei por lá uma meia dúzia de vezes e além do Colégio de S.Miguel não me lembro de coisíssima nenhuma.
Aqui fica a foto para aqueles que amargaram ali um pouco da sua juventude nos dias da guerra, para verem como as coisas estão hoje.

domingo, 5 de agosto de 2012

O Paraíso Terreal!

Nós, aqueles que gostam do Lago Niassa e de Metangula, achamos que aquilo é um cantinho do céu, o mesmo é dizer um Paraíso na Terra. Se assim é, parece-me o lugar ideal para soltar uma beldade que tenho aqui escondida no disco duro do meu computador e que terá mais utilidade correndo à solta por aquelas paragens de sonho. E pode ser que assim atraia mais alguém que queira fixar redidência por aquelas bandas e contribuir para o desenvolvimento da região.
Como eu gostava que isso acontecesse!


sexta-feira, 27 de julho de 2012

As feras do Niassa!

No norte de Moçambique andei pelo mato, porque a isso fui obrigado, sem pensar muito nas feras que me poderiam atacar. É claro que a minha primeira preocupação eram as minas e armadilhas deixadas pela Frelimo e as balas que a qualquer momento podiam chover de qualquer lado. Das feras sabia pouco e fazia por não pensar muito nisso. O primeiro professor que tive sobre estas matérias foi o 1º Tenente Zilhão que era quem mandava em Metangula quando lá cheguei. Dizia ele para termos medo do leopardo, pois era o único animal feroz que atacava apenas por atacar, só por termos invadido o seu território. Os outros limitavam-se a caçar para comer quando tinham fome e, de forma geral, afastavam-se quando lhes cheirava a homem. Aceitei como boa esta informação e, graças a Deus, nunca se provou que fosse falsa.
Por causa dos rebanhos de gado que havia na zona da Chuanga, não havia noite que não andassem por lá leões. Ouvíamos-los regougar ao longe, mas nunca nos apoquentaram quando andámos por aquelas paragens em operações. Embora andássemos sempre de arma em punho, duvido que conseguíssemos safar-nos sem mossa do ataque de um leão. Como dizia o "professor" Zilhão, eles sentiam-nos e punham-se na alheta. E ainda bem.
De jacarés também havia farturinha. O Tenente Saltão não anda já entre nós para lhe perguntar quantos caçou e esfolou para trazer as peles, mas não foram poucos. Felizmente também esses não nos chateavam muito. Passei muitas horas dentro de água, mergulhei vezes sem conta para apanhar os peixes que matávamos com granadas e nunca vi nenhum por perto. Se calhar, se os tivesse visto não estaria hoje aqui a contar-vos estas coisas.
Hoje esbarrei-me com esta foto na internet e lembrei-me destas coisas. Decidi partilhá-la convosco, especialmente com aqueles que também nadaram como eu nas águas do Lago Niassa.


sexta-feira, 13 de julho de 2012

Recordando a juventude!


Tantas horas passadas de G3 em «Ombro Armas» a fazer guarda ao edifício que se vê à esquerda da imagem! Dentro de poucos meses completar-se-ão 50 anos sobre a primeira vez em que isso aconteceu.
Nesses tempos o embarcadouro do ferry-boat para a Katembe não era neste lugar, mas no porto velho, junto à capitania do Porto. Pode até ser mais funcional, mas acho que fica mal neste lugar.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Naquele cantinho do céu...!


... faltam apenas alguns dias para o solstício de inverno, mas ali ninguém sente frio. Arrefece um pouquinho à noite, mas durante o dia pode fazer-se de conta que é verão e mergulhar nas águas frescas do Lago.


Ali, entre aqueles caniços, devem andar uns quantos jacarés de olho na canalhada que brinca descuidada. Vale-lhes que eles, os jacarés, não são muito atiradiços e por norma não atacam os humanos. Mas, nunca fiando, mais vale estar de olhos bem abertos!

segunda-feira, 28 de maio de 2012

De Macau... saudades!


Sou obrigado a mostrar-me surpreendido por ver alguém de Macau registado nos visitantes de hoje. E ainda por cima mostrando uma bandeira que identifica o país. E eu que pensava que Macau tinha sido entregue (mal) à China pelos portugueses! Afinal ainda há uma réstea de esperança que a ditadura chinesa deixe aquela gente respirar um pouco em português.

Blue lagoon!


Por mais fotos que publique aparece sempre uma nova com pormenores diferentes da anterior. Como é possível fixar esta cor tão azul e tão límpida da água do Niassa? Por erro da máquina usada para o efeito? Ou por qualquer milagre da natureza?
Nada disso. Como sabem a água é incolor e limita-se a reflectir a cor do céu que lhe fica por cima. Ou seja, o Niassa é lindo porque o céu, o clima, o ambiente que o rodeia é um espectáculo da natureza, uma beleza sem limites. Pena é ficar lá tão longe tão inatingível para todos nós que por lá passámos e ficámos apaixonados por ele.
Paciência, vamos vivendo de recordações!

sábado, 5 de maio de 2012

Agora é assim!

Esta chapa foi batida em Abril/2012

Não sei se é melhor ou pior do que em Setembro de 64, quando lá cheguei. Mas uma coisa é certa, a guerra já é passado, enquanto que naquela altura era o futuro. Começou nessa data e durou 10 longos anos fazendo sofrer muita gente. Também me calhou uma pequena parte, felizmente sem consequências de maior. E ficaram-me algumas boas lembranças.
Neste local não havia nenhuma habitação nem estrada alcatroada. A planície que se estende até ao lago era uma machamba imensa, bem cultivada de milho e mandioca. Agora, embora possa estar enganado, parece-me coberta de capim. A aldeia cresceu, há casas espalhadas por toda a encosta do Tchifuli e daí até à praia.
Por estranho que pareça, só dentro da península propriamente dita é que pouco mudou. A Base da Marinha lá continua a funcionar, há meia dúzia de edifícios oficiais, a escola, a igreja e pouco mais. E enquanto o turismo não puxar por aquilo assim vai continuar.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Adeus ao Lago!


Lembram-se da Catarina, aquela miúda do Porto que estava a trabalhar como voluntária ajudando as crianças de Lichinga, Cobué e Metangula? Pois já regressou a casa, mas antes de o fazer foi despedir-se do Lago Niassa (que deixa apaixonado quem por lá passa) e fez uma fotografia para o seu álbum de recordações.
Para o dela e para o meu também!

sábado, 28 de abril de 2012

Uma praia de luxo!

Já publiquei cerca de 100 fotografias neste blog e um dia destes arrisco-me a repetir alguma. Mas como não tenho arranjado nada novo, só me resta ir insistindo com aquilo que tenho e esperar por melhores dias.
Quando comecei esta saga tinha esperanças de conseguir algumas fotos actuais vindas dos amigos do Niassa que arranjei no Facebook, mas o resultado é praticamente zero. Assim vou continuando até que alguma coisa aconteça ou perca a vontade.
Aqui abaixo podem ver 4 imagens da praia da Chuanga que é visitada pelas gentes de Vila Cabral (desculpem, Lichinga) agora com mais frequência uma vez que a ligação por estrada (alcatroada) já chega a Metangula. E dali até à Chuanga é só um pulinho. E agora que o inverno se aproxima sabe bem fugir do frio do planalto de Lichinga. No Lago é sempre verão!




Clique nas imagens para ampliar

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Hora do bife!



Nos bons velhos tempos, uma vaca custava 500$00 (2.50€ no dinheiro de hoje). Só era preciso ir à Chuanga, deitar-lhe as unhas e carregar com ela para cima de um jipão e entregá-la aos cuidados do Páscoa ou do Manel Ferreira. Pouco depois havia bifes na frigideira.
Estas que vêem na imagem estão com muito melhor aspecto do que essas que compramos com o dinheiro do rancho. Devem alimentar-se noutras condições e já não devem ter os leões atrás delas todas as noites. As outras eram pouco mais do que pele e osso. Também pelo preço de 2.50 Euros o que se podia esperar?!?!

sábado, 17 de março de 2012

Um baita croco!

Um bicho destes deve ter, pelo menos, 8 metros de comprimento!

Contando as pessoas que estão de barriga encostada no bicho, 16 se contei bem, e considerando meio metro por cada uma, temos 8 metros bem medidos
Vi muitos jacarés no Niassa. Houve quem os tivesse caçado sem descanso para fazer negócio com as peles. Um irmão meu regressou de Moçambique com uma pele curtida e enrolada como um charuto cubano, na ideia de mandar fazer um par de sapatos. Como continuou na Marinha por mais alguns anos, não tinha onde deixar a pele e pediu-me que a guardasse.
Ficou lá por casa anos a fio sem qualquer utilidade. Um dia descobri que o meu filho, na altura com 2 ou 3 anos de idade, tinha medo dela e sempre que a via e fugia a sete pés. Cada vez que chorava para não comer a sopa, bastava dizer-lhe - come tudo senão vou buscar o bicho - que ele esfalfava-se até ver a tigela vazia.
Mas, voltando ao Niassa, os jacarés que por lá vi não mediriam mais 2 ou 3 metros de comprimento. Se havia algum maior escondia-se bem de nós, para não lhe enfiarmos um balázio entre os olhos.

terça-feira, 13 de março de 2012

Serão Nyanjas!

Também desconfio que estas morenaças não são Nyanjas nem falam a língua do Lago, mas encaixam-se admiravelmente na paisagem.
E eu quero acreditar que virá um dia em que belezocas como esta se verão por ali a animar a paisagem enquanto se refrescam nas águas frescas e cristalinas do Niassa. Quando elas lá chegarem é que Metangula será linda a valer!



Mesa de bilhar africana!

Não posso garantir que isto se passou no Niassa, mas a cor do matope que serviu para construir a mesa de bilhar leva-me a crer que sim. A vegetação em volta também me parece familiar. Por todas essas razões achei boa ideia trazer aqui esta imagem que prova que, por mais miseráveis que sejam as condições, o espírito desportivo e de competição está sempre presente na cabeça da juventude.


E vamos mantendo viva esta ideia de dar a conhecer aquele recanto do mundo onde tantos militares portugueses sofreram as enormes dificuldades e privações motivadas pela guerra e que, em tempos de paz, pode ser um verdadeiro paraíso.

terça-feira, 6 de março de 2012

Contra factos não há argumentos!

Todo mundo sabe (ou devia saber) que o Niassa é um grande lago de água doce. A imensidão daquela superfície aquática dá origem a um micro-clima muito especial, em que encontram refúgio exemplares de uma fauna diversificada. A águia pesqueira é um desses muitos exemplos.


Água doce, mas nem sempre calma. Há horas para tudo e, por vezes, há que enfrentar ondas de respeito. Nada que se compare com o mar aberto, mas mesmo assim de se lhe ter respeito. Eu que o diga, pois tenho experiência própria no assunto.


E o peixe que nada nessas ricas águas garante uma boa parte da alimentação de quem escolheu as margens do Niassa para se estabelecer. Peixe de água doce não é tão bom como o de água salgada, mas os Nyanjas não lhe conhecem a diferença.


segunda-feira, 5 de março de 2012

Porque não me ligam?


A rapaziada nova de Metangula está a aprender a mexer nos computadores e não tarda vamos tê-los aí a comunicar connosco. Esta é uma foto recente tirada por um dos formadores que estiveram lá a dar umas lições aos putos. Espero que os tenham ensinado a navegar na net e a usar o motor de pesquisas Google para chegar até mim.
Vamos lá cambada! Basta escrever «tintinaine» na caixa de pesquisas e encontram-me logo! Eu fico aqui à vossa espera!

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Metangula é liiiiiiiiiiiiida!


Esta foto foi tirada em 2010, há quase 2 anos, e pelo aspecto o aeroporto de Metangula está pouco menos que abandonado. É o que dá não haver instalações para turistas nem operadores turísticos que apostem naquele sítio e levem para lá as pessoas.
O velho avião que aparece por cima da imagem foi colocado por mim para tapar a cara de quem aparecia na foto, membros de uma organização missionária que por ali passou.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Será que ainda navega?


Nos meus tempos «Regulus» com a bandeira portuguesa, agora «Chibisa» e com a bandeira do Malawi. Será que ainda navega ou já entregou a alma ao criador?
As coisas que a gente recorda!!!!!!!!!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Maldito «feijão-macaco»!


Quem não se lembra dele? Cansados, transpirados e com a canhota ás costas, o pior que pode acontecer é tropeçarmos num arbusto carregado de feijão-macaco. Em menos tempo do que leva a dizê-lo, ficamos cobertos daquele pozinho amarelo, libertado pelas vagens secas do feijoeiro, que penetra na pele e faz uma comichão que ninguém aguenta.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Eu gostava muito do Ngo!


Entre Metangula e o Cobué havia uma povoação chamada Ngo que era paragem habitual das lanchas da Marinha. Ficava mais perto de Metangula, talvez a um terço da viagem para o Cobué, a norte e não muito longe da Chuanga. Muitas vezes lá parei, a praia era uma delícia. Será que ainda existe ou os seus habitantes fugiram durante a guerra e nunca mais lá voltaram?

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Alguém conhece o caminho para Nkolongué?

Colocar aqui uma pergunta destas é o mesmo que ficar à espera que um calhau de 50 toneladas me responda. Então não há ninguém daquela zona que descubra este blog!!! Eles não foram ensinados a usar o motor de pesquisas da Google!!!
O serviço de internet por telemóvel está espalhado por todo o país e funciona. Basta ver o número de moçambicanos que abriram conta no Facebbok e por lá se mantêm no dia-a-dia. Mas o Facebook não lhes serve para grandes coisas, a não ser para trocarem entre si fotografias de má qualidade.


Esta foto mostra uma paisagem muito diferente daquela que eu conheci em 1967. Todas as habitações que aqui se vêem em primeiro plano, não existiam pura e simplesmente. Do lado direito, ao fundo, avista-se a "brancura" da Torre do Farol. O caminho para Nkolongué começa algures do lado esquerdo da baía e segue em direcção ao sul por cerca de 20 Kms. Que me lembre, por ali não havia nenhuma picada, antigamente. Jacarés, porcos do mato e alguns guerrilheiros da Frelimo mais afoitos que vinham molhar o pincel à povoação, era tudo que havia por ali.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

The World Map Master!

Não sei como conseguiram isto, pois é impossível uma catraia desta idade ter memorizado todo o mapa-mundi! Mas vale a pena assistir à lição de Geografia!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Maputo debaixo de água!

Lembram-se da antiga Avenida da República? E das cheias do dia 5 de Janeiro de 1966 que esburacaram todas as ruas que ligavam esta avenida à Pinheiro Chagas? Conseguia ir-se de bote da Estação dos Caminhos de Ferro até ao Comando Naval!