quarta-feira, 29 de maio de 2013

Quem lê este blog?

Com a ilha de Likoma no horizonte

Nem sei se deva acreditar nos contadores de visitas ou desconfiar que todos eles são uma fraude comercial. Por outro lado acredito que a estatística fornecida pela Google estará próxima da realidade. E essa diz-me que o total de visitas, desde a criação do blog, soma 7.002 e no último mês 482. Podia ser pior, digo eu.
A realidade que se vive em Moçambique, e muito especialmente no Niassa, não permite o intercâmbio de imagens e notícias que eu imaginava quando criei este blog e por essa razão entendo que ele não desperte a atenção de muita gente.
As grandes distâncias a cobrir e a falta de interesse comercial fazem com que somente a internet móvel, a partir do telemóvel, tenha vingado fora das 3 ou 4 grandes cidades de Moçambique. E assim aquilo que eu pretendia é pouco menos que impossível.
Acontece que, mesmo com tantos contras, há sempre quem apareça para dar uma espreitadela e ver se há alguma notícia de interesse ou fotografia que faça acordar velhas recordações. Hoje, por exemplo, arregalei os olhos de espanto ao ver um visitante de Moscovo que aqui veio parar, por duas vezes em 24 horas. Portugueses, brasileiros, australianos e americanos fazem o grosso das visitas, mas de vez em quando aparece um de outras origens, como aconteceu hoje.
A grande popularidade do Facebook também tem contribuido para que os blogs tenham menos leitores. Escrever ou publicar videos e fotografias no Facebook é uma brincadeira de crianças e não admira que grande parte dos navegadores da internet tenha enveredado por esse caminho. Eu, um pouco à moda do »Velho do Restelo», prefiro este mundo e deixo o Facebook para os filhos e netos.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Nas águas azuis do Niassa!


LDM da Marinha Portuguesa navegando do Cobué para Metangula. Já se avista o Tchifuli lá ao fundo. Dentro em breve haverá um banho quente e uma refeição a sério para esquecer a ração de combate. E depois um breve descanso até à próxima operação.

sábado, 18 de maio de 2013

Metangula - A baía!


Bela imagem da baía de Tungo (alguém se lembra deste nome?) onde se podem ver com alguma nitidez os edifícios das Oficinas das Lanchas junto à praia.
O monte Tchifuli parece muito mais baixo do que na realidade é. Alguém sabe explicar porquê?
Como a foto foi tirada de cima da Torre do Farol, criou um certo ângulo, de cima para baixo, que faz parecer o monte relativamente baixo, o que não corresponde à realidade.
Lá ao fundo, do lado esquerdo, pode ver-se o cais das lanchas.
Um dia destes vou pedir ao Luis para repetir esta foto para vermos como estão as coisas quarenta e tal anos depois. Imagino esta foto tirada nos últimos anos da nossa permanência no Niassa, já na década de 70.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Ter um amigo não tem preço!


Há um ditado que reza assim:
- Quem tem amigos não morre na cadeia!
O Luís (que podem ver aqui acima) é o amigo que durante tanto tempo procurei em Metangula sem o conseguir encontrar. E para maior felicidade também é fuzileiro e vive na Base Naval tal como eu vivi, há quase 50 anos. Ele é, assim a modos que, o meu substituto, faz agora o que eu fazia então.
O que mais queria era encontrar um correspondente no Niassa que tivesse acesso às novas tecnologias, que gostasse de navegar na internet e estivesse disposto a aturar-me com os meus infinitos pedidos. Ao encontrar o Luís tive mais sorte do que alguma vez podia esperar. Maravilha! Foi ele que me enviou a foto da Torre do Farol que há dias publiquei aqui.
Daqui lhe envio o meu muito obrigado com um grande abraço!

Velas no Niassa!


Barco à vela no Lago Niassa. Para mim é uma completa novidade, pois nunca lá vi nenhum. E suponho que não era por falta de habilidade dos Nyanjas, mas antes pela falta do tecido para fabricar as velas. O único tecido que se via por aquelas bandas era o das capulanas das mulheres que não tinha tamanho nem estrutura para resistir ao vento. E até o vento era escasso, pois eram mais os dias de acalmia do que de vento. Barcos também não havia, só pirogas escavadas em troncos de árvore. Não admira portanto que eu os não tenha visto por lá.