domingo, 8 de dezembro de 2013

Metangula hoje!


Os amigos do Facebook continuam a municiar-me com algumas imagens recentes para vermos como vai evoluindo aquela terra a que dedicamos uma parte da nossa vida.
Não reconheço esta rua como sendo a rua principal que ligava o Posto Administrativo à entrada da povoação e á estrada que seguia para Nova Coimbra, mas pela posição das montanhas que aparecem ao fundo parece ser ela mesmo. Ou talvez uma rua paralela, construída de novo, que passe por trás da Cantina do Henriques e do Bar do Neves e vá até onde funcionava o Hospital no nosso tempo.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

As eleições estão aí à porta!

Li em qualquer lado (acho que no Facebook) que os candidatos do MDM por Lichinga e Metangula se bandearam para o lado da Frelimo. Não sei o que lhes terão prometido para eles virarem a casaca, mas o castigo que mereciam era que todos os seus amigos lhe virassem as costas e votassem no MDM no dia das eleições.


É por coisas como esta que a Renamo não entrega as suas armas. Eu sei que a guerra não resolve problema nenhum, só agrava os que já afligem o povo, mas quem usa estes estratagemas para ganhar votos bem merecia um tiro na "pinha".
É nas urnas, com o nosso voto, que devemos lutar contra isto. Exorto os amigos de Metangula a abrirem os olhos e não se deixarem enganar por gente sem honra nem vergonha.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Voa pensamento, voa!

O meu amigo Eduardo Nunes fez hoje uma viajem virtual ao Niassa, passando por Metangula, Lunho, Chuanga, Nova Coimbra e sabe Deus por onde mais terá andado. Eu que também fiquei apaixonado por aquelas terras, esquecendo, como disse o António Querido, as ocorrências menos boas, a fome e o medo que sofri na pele, tal como muitos outros combatentes da Guerra do Ultramar, quis acompanhá-lo nessa viagem. Fechei os olhos, concentrei-me ao máximo e passados instantes estava lá, na margem do lago olhando para aquelas águas límpidas que nos livraram da sede, do suor e do feijão-macaco tantas e tantas vezes.


Com muita pena tive que regressar poucos minutos depois, pois a realidade do nosso dia a dia não nos deixa ausentar por muito tempo. Mas valeu a pena e sinto-me com forças para aguentar mais uns tempos à espera de uma oportunidade de uma viagem real. Quem me dera!

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A árvore mais gorda de África!


Os embondeiros em Meponda. Metade dos militares portugueses que estiveram no Niassa, durante a Guerra Colonial, passaram por esta linda terra esquecida naquele fim de mundo. Colunas de abastecimentos vindas do Catur e contingentes de tropas a espalhar pelas margens do lago, tudo as lanchas da Marinha vinham buscar a esta terra. Hoje, tudo isso está já esquecido ... ou quase!

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Muitos anos depois da guerra!


Em Metangula havia duas praias. Uma que ficava na baía que servia de porto de abrigo da nossa frota de lanchas de fiscalização e desembarque e outra que ficava do lado norte, onde íamos à noite dançar no batuque, mas não de dia para nadar.
A foto acima representa uma delas. Adivinhem qual!

sábado, 5 de outubro de 2013

Momentos de história!


Há dias encontrei estas fotos na net e embora a sua qualidade deixe muito a desejar não pude deixar de as trazer para aqui, pois tudo que respeita a este assunto me interessa sobremaneira. Quem as publicou foi um alferes do exército que andava a fazer protecção às colunas que, por mera casualidade, tive oportunidade de conhecer pessoalmente, por ter partilhado uma das suas colunas de abastecimento que viajava de Vila Cabral para Metangula. O Sarg. Marques não me arranjou passagem de avião e como já estava farto de me ver em Vila Cabral entregou-me ao alferes para me levar para Metangula à boleia.
Eu tenho várias fotografias destas viagens do transporte de lanchas para o Niassa, mas nunca tinha visto esta que retrata a passagem da Regulus pela estação de Belém. Gostei muito de a encontrar e acho que vocês também gostarão de a ver aqui. Este transporte de meios navais através da mata africana, do Índico até ao Lago Niassa, é uma verdadeira epopeia que vai ficar na História. E eu tenho uma certa vaidade de ter presenciado esse acontecimento.

Régulus em Belém

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Notícias do Niassa!


O carvão está a ser uma das riquezas mais exploradas em Moçambique. Grandes empresas internacionais, como a brasileira Vale, têm investido muito dinheiro nessa área e mais terão que investir ainda. Principalmente nas vias de comunicação por onde se faz o escoamento do carvão, uma vez que tanto o sistema rodoviário como o ferroviário é parco em meios e de fraca qualidade, é onde deve centrar-se a atenção das autoridades moçambicanas. Há vários projectos em marcha, em estradas e ferrovias, alguns deles envolvendo empresas portuguesas, mas há poucas notícias sobre o assunto na comunicação social. Eu bem as tenho procurado, mas não encontro nada. Haverá alguma razão para se guardar segredo sobre a evolução dessas obras?
Uma das zonas onde há muito carvão é na bacia de Maniamba. Será que isso justificará prolongar a linha férrea de Lichinga até lá? Se isso acontecesse, com mais um passinho chegaria a Metangula. E então abriria o caminho para o lago a muita gente que de outro modo nunca lá irá.


Outra riqueza, esta virada para o lado do turismo, é a Reserva do Niassa. Também aí se nota o problema da falta de meios de comunicação, pois devido à sua interioridade e falta de outros motivos de interesse na mesma região não têm surgido investimentos tendentes a resolver o problema. O país é pobre, o Estado não tem dinheiro e se não surgir algum investidor particular interessado em apostar nessa área vai ser difícil sair daquele marasmo.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Pobreza franciscana!


Não me agrada nada ver este blog às moscas, mas falta-me material para o alimentar. Os amigos que arranjei em Metangula têm um problema difícil de resolver, a falta de internet fixa e (pior ainda) a falta de dinheiro. Moçambique é um país pobre e não podemos alhear-nos disso. Não há maneira de mudar esse estado de coisas de um momento para o outro.
Quem esteve no Niassa sabe que o povo Nyanja vive na Pré-História cultivando a terra por meios artesanais e recolhendo da natureza aquilo que ela lhe oferece através da caça e da pesca. A sua única preocupação é garantir algo com que confortar o estômago, cada vez que o sol se levanta no horizonte. É uma luta diária que absorve todos os seus esforços e, para além disso, pouco mais lhes interessa.
A TDM espalhou telemóveis de norte a sul de Moçambique e faz uns preços acessíveis para a juventude ter com que se entreter. Computadores não há, nem dinheiro para os comprar, de modo que usam o telemóvel para tudo, desde fotografia a navegação na internet. E já descobriram, ou alguém lhes ensinou o caminho para, o Facebook. Mas aquilo que partilham nessa rede social tem muito pouco valor, pelo menos para aquilo que eu pretendo.
Até o «Jornal Faísca» de Lichinga (que apenas se apanha através do Facebook) é tão fraquinho de notícias que dá dó. Publica umas fotografias de vez em quando, a maior parte com caras de políticos, que pouco ajudam nos meus propósitos, pois só por milagre se referem a Metangula ou às outras povoações das margens do Lago que nós conhecemos.
Talvez a aproximação do período eleitoral, com uma mulher candidata pelo distrito do Lago, venha mudar um pouco este estado de coisas. Pelo menos assim espero!


A Vale Moçambique vai iniciar as obras de reconstrução da linha de caminho-de-ferro entre as cidades de Lichinga e Cuamba, ainda durante o mês de Maio. A linha terá uma extensão total de 268km.
De acordo com um responsável da equipa técnica da Vale Moçambique, citado pela Cargo News, no decorrer de uma audiência com o governador provincial do Niassa, já foi aprovada uma verba equivalente a 36,57 milhões de euros para financiamento desta empreitada, nomeadamente para a reparação da linha e das estações, bem como para a compra de locomotivas e carruagens.
Além da linha Lichinga/Cuamba, na província de Niassa, a Vale Moçambique vai ainda repor em funcionamento o troço entre Cuamba e Entre-Lagos, na linha Tete/Malawi/Nacala, na província de Nampula.
Os trabalhos de reconstrução terão a duração de 25 meses.
In «Vida Imobiliária» de 2013-05-17


quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Fotos com comentário!

Diria que já publiquei estas fotos, mas fui dar uma vista de olhos e não as encontrei pelo que fiquei com dúvidas. De qualquer modo não faz mal nenhum se forem repetidas, pois há sempre aqueles leitores que só vêem a última mensagem deixando o que é mais antigo completamente esquecido.


Rebanho de vacas nas margens do lago. É engraçado que as vacas de que eu me lembro eram mais pequenas e magrinhas do que estas.


Pescadores de Metangula. Como se pode ver pela imagem já não há apenas pescadores de piroga. Estes dois já apresentam um barquito a armar ao moderno. Terá sido construído lá ou levado do litoral?


Mulheres Nyanja carregando as suas mercadorias à cabeça. Ainda lá não chegou a moda de comprar um carrinho de mão para poupar a coluna. Ou se calhar é com estes trabalhos que ganham a resistência necessária para nunca sofrer dela.



Como se pode ver nestas imagens as palhotas aumentaram muito de número nesta zona. Nos meus tempos havia só uma dúzia de palhotas à volta das oficinas das lanchas e o resto era tudo machambas de mandioca e milho.

domingo, 4 de agosto de 2013

O jipão do Enteiriço!

Um novo mês que começa e o dever que me obriga a dizer qualquer coisa para não deixar isto abandonado.
Na imagem podemos ver o Enteiriço ao volante dum daqueles jipões que usávamos para as nossas pequenas deslocações nos arredores de Metangula. Neste caso transportava uma secção da CF8 que ia sair em patrulha. Alguém reconhece as caras de algum dos outros elementos?
O Enteiriço este ano não pôde aparecer no nosso convívio por razões de saúde. Espero que já tenha melhorado e se ponha em forma para o próximo ano.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Nem para a sucata servem!



A Torre estava sem tinta. E que dizer das LD? Não é que façam muita falta agora, mas sempre poderiam servir para alguma coisa se a máquina estivesse pronta a funcionar!

segunda-feira, 8 de julho de 2013

A Torre do Farol!


Mais uma foto da famosa torre do farol enviada pelo meu amigo Luís. O meu pedido era para ter o Tchifuli por trás a servir de pano de fundo, mas não se pode ter tudo aquilo que se quer.
Nota-se que o pessoal que ocupa a Base actualmente não é muito amigo de pinturas, ou não há dinheiro para a tinta. Sem tinta começa a água da chuva a entranhar-se no betão e o ferro a apodrecer lá dentro. Depois é só esperar que ela caia.
Foi construída em 1962 e já cumpriu o seu primeiro objectivo que era possibilitar a vigilância dos arredores e prevenir qualquer assalto vindo do exterior. Actualmente e para o fornecimento de água aos edifícios da Base há soluções mais baratas. Como diz o cantor brasileiro - ... e se a casa cair, deixa que caia...!

sábado, 6 de julho de 2013

Com este calor só apetece é praia!


Esta praia parece-me a do Bilene. Será? Aqui o Will (na foto) está em Metangula onde também não falta água. Só que sem sal!

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Caminhos de Ferro de Nacala!

Hoje ouvi o Sr.António Mota dizer que actualmente a maior obra que a Mota-Engil tem em carteira é a remodelação da linha férrea entre Nacala e o Malawi. Fiquei contente, pois não sabia que essa obra já estava no terreno, julguei que estava ainda em fase de projecto ou a aguardar financiamento.
Eu sei que o troço Cuamba - Lichinga não tem a mesma importância que a ligação para o Malawi, mas de modo ou outro acabará por ser positivamente afectado. Valha-nos isso.


E talvez este aspecto de abandono e degradação deixe de se ver ao longo da Linha!

sexta-feira, 21 de junho de 2013

A ferro e fogo!

Notícia da Agência Lusa, esta manhã:
Zacarias Daniel disse que após atravessar o rio Save em direção a Muxúnguè encontrou a estrada cortada e um "autocarro em chamas sobre a ponte", impedindo qualquer tráfego no sentido sul-centro e vice-versa.
"Estou a fugir de Mambone (Sofala) para a Beira, mas depois que atravessámos o rio Save ficamos surpresos por a ponte estar destruída e em chamas. Um autocarro foi atacado e está a arder. Estamos no mato agora, o ataque foi intenso esta manhã, bem de longe estamos a ver fumo, não sei o que é", disse à Lusa, por telefone, Zacarias Daniel.
Ainda segundo a mesma fonte, desde as 08:00 (07:00 em Lisboa) não há viaturas nos dois sentidos da via, sendo apenas visível uma patrulha militar, que "tenta conter os ataques".


Foto de uma zona muito próxima de onde aconteceu a operação da Renamo a que a notícia se refere.


Ponte sobre o Rio Save, um pouco mais a sul do local onde a coisa aconteceu.


Andei pela internet à procura de fotos do local, mas não encontrei nada de muito apropriado. Esta ponte bem pode ser a tal onde incendiaram o autocarro que é referido nas notícias de hoje. A foto foi tirada por um turista que viajava de Maputo para a Beira e ele colocou-a no Panorâmio exactamente no local onde aconteceu o ataque da Renamo.
Não sei até onde o Afonso Dhlakama levará o seu esforço para chatear a Frelimo (digo Frelimo e não Governo de Moçambique, porque acredito que isto é uma questão meramente política), mas se as FADM reagirem a sério pode-lhe acontecer o mesmo que ao Jonas Savimbi em Angola. E seria uma pena, pois sem alternância no poder Moçambique nunca mais conhecerá a democracia.

sábado, 1 de junho de 2013

Thungo Bay!


A baía com as lanchas de desembarque. LDM faz-me lembrar qualquer coisa!


A baía sem as lanchas. Faz-me lembrar de tantos mergulhos que ali dei nos dias de calor. Houve tempos em que tinha uma velha espingarda de caça submarina (herdada não sei de quem) e nadava atrás dos peixinhos tentando acertar em algum, coisa que nunca consegui.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Quem lê este blog?

Com a ilha de Likoma no horizonte

Nem sei se deva acreditar nos contadores de visitas ou desconfiar que todos eles são uma fraude comercial. Por outro lado acredito que a estatística fornecida pela Google estará próxima da realidade. E essa diz-me que o total de visitas, desde a criação do blog, soma 7.002 e no último mês 482. Podia ser pior, digo eu.
A realidade que se vive em Moçambique, e muito especialmente no Niassa, não permite o intercâmbio de imagens e notícias que eu imaginava quando criei este blog e por essa razão entendo que ele não desperte a atenção de muita gente.
As grandes distâncias a cobrir e a falta de interesse comercial fazem com que somente a internet móvel, a partir do telemóvel, tenha vingado fora das 3 ou 4 grandes cidades de Moçambique. E assim aquilo que eu pretendia é pouco menos que impossível.
Acontece que, mesmo com tantos contras, há sempre quem apareça para dar uma espreitadela e ver se há alguma notícia de interesse ou fotografia que faça acordar velhas recordações. Hoje, por exemplo, arregalei os olhos de espanto ao ver um visitante de Moscovo que aqui veio parar, por duas vezes em 24 horas. Portugueses, brasileiros, australianos e americanos fazem o grosso das visitas, mas de vez em quando aparece um de outras origens, como aconteceu hoje.
A grande popularidade do Facebook também tem contribuido para que os blogs tenham menos leitores. Escrever ou publicar videos e fotografias no Facebook é uma brincadeira de crianças e não admira que grande parte dos navegadores da internet tenha enveredado por esse caminho. Eu, um pouco à moda do »Velho do Restelo», prefiro este mundo e deixo o Facebook para os filhos e netos.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Nas águas azuis do Niassa!


LDM da Marinha Portuguesa navegando do Cobué para Metangula. Já se avista o Tchifuli lá ao fundo. Dentro em breve haverá um banho quente e uma refeição a sério para esquecer a ração de combate. E depois um breve descanso até à próxima operação.

sábado, 18 de maio de 2013

Metangula - A baía!


Bela imagem da baía de Tungo (alguém se lembra deste nome?) onde se podem ver com alguma nitidez os edifícios das Oficinas das Lanchas junto à praia.
O monte Tchifuli parece muito mais baixo do que na realidade é. Alguém sabe explicar porquê?
Como a foto foi tirada de cima da Torre do Farol, criou um certo ângulo, de cima para baixo, que faz parecer o monte relativamente baixo, o que não corresponde à realidade.
Lá ao fundo, do lado esquerdo, pode ver-se o cais das lanchas.
Um dia destes vou pedir ao Luis para repetir esta foto para vermos como estão as coisas quarenta e tal anos depois. Imagino esta foto tirada nos últimos anos da nossa permanência no Niassa, já na década de 70.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Ter um amigo não tem preço!


Há um ditado que reza assim:
- Quem tem amigos não morre na cadeia!
O Luís (que podem ver aqui acima) é o amigo que durante tanto tempo procurei em Metangula sem o conseguir encontrar. E para maior felicidade também é fuzileiro e vive na Base Naval tal como eu vivi, há quase 50 anos. Ele é, assim a modos que, o meu substituto, faz agora o que eu fazia então.
O que mais queria era encontrar um correspondente no Niassa que tivesse acesso às novas tecnologias, que gostasse de navegar na internet e estivesse disposto a aturar-me com os meus infinitos pedidos. Ao encontrar o Luís tive mais sorte do que alguma vez podia esperar. Maravilha! Foi ele que me enviou a foto da Torre do Farol que há dias publiquei aqui.
Daqui lhe envio o meu muito obrigado com um grande abraço!

Velas no Niassa!


Barco à vela no Lago Niassa. Para mim é uma completa novidade, pois nunca lá vi nenhum. E suponho que não era por falta de habilidade dos Nyanjas, mas antes pela falta do tecido para fabricar as velas. O único tecido que se via por aquelas bandas era o das capulanas das mulheres que não tinha tamanho nem estrutura para resistir ao vento. E até o vento era escasso, pois eram mais os dias de acalmia do que de vento. Barcos também não havia, só pirogas escavadas em troncos de árvore. Não admira portanto que eu os não tenha visto por lá.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Nova foto da Torre!

Que tal a foto do Edifício do Comando e da Torre, aqui ao lado? Encontrei-a na Revista da Armada e como está muito melhor que a outra (é a cores e tudo!) resolvi trocá-las.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Os Nyanjas!


Miúdas do Niassa que à falta de água canalizada (modernices que ainda não chegaram àquele sítio) em suas casas, vão lavar a roupa ao lago e carregam água para casa no regresso.


O Lago é o ponto de encontro de toda a gente ao longo do dia. Os homens pescam, as mulheres lavam a roupa e as crianças brincam sentindo-se à-vontade tanto dentro como fora de água. Os Nyanjas sentem-se como peixes na água, estão portanto no seu ambiente.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Lá pela Serra da Gorongosa!


Gente de armas na mão faz-me lembrar outras guerras há muito esquecidas. Quem não gosta de comunistas tem muita dificuldade em aceitar a Frelimo como ela é, mas pegar em armas não é solução. Tem que haver uma forma de os moçambicanos se entenderem sem ter que recorrer à violência. A falar é que a gente se entende e os adeptos da Renamo têm que convencer a população a votar neles provando que são mais honestos e interessados em defender os interesses dos seus concidadãos do que os esquerdistas amigos de Moscovo e Pequim.

sábado, 23 de março de 2013

Atraso de vida!


O Comboio do Catur!
Há muitos, muitos anos, fiz a viajem de Nacala até ao Catur num comboio como este. Nesse tempo ainda os carris não tinham chegado a Lichinga e segundo parece o mundo andou para trás, pois já não chegam lá outra vez, nem sequer  de Cuamba ao Catur. As doutrinas socialistas têm destas coisas, transformam bons homens em maus políticos e é o povo e o país que sofrem as consequências.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Lindo Lago!


Só para manter vivas as memórias. Estas encostas cobertas de vegetação (e feijão macaco) são inconfundíveis. Quem por lá passou não esquece.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Que futuro para Metangula?


Pus-me a olhar para esta fotografia e deixei a minha imaginação à solta imaginando que isto poderia ser a Metangula do Século XXII. O porto de mar talvez seja um pouco exagerado para um "mar" interior por maior que ele seja. Mas tendo em consideração que banha vários países que, com excepção da Tanzânia, não têm acesso ao mar e meios de transporte, quer rodoviários quer ferroviários, deficitários tudo pode acontecer.
Alguém cortou a catarocha do monte Tchifuli, por razões que não consigo adivinhar, talvez para lá instalar um mini-aeroporto ou heliporto, quem sabe. A linha do caminho de ferro que ligava Nacala a Lichinga foi modernizada e prolongada até Meponda, onde funciona um porto especializado no transporte de carvão, minério de ferro e outros. Mercadorias do Malawi, da Zâmbia e até da República do Congo são ali recebidas para exportação para os portos do Índico e para o Extremo Oriente.
O aumento dos negócios propiciou o crescimento do turismo e o porto de Metangula, devido às excelentes condições naturais da sua baía (Tungo) transformou-se no maior entreposto turístico do Lago Niassa. Turistas procurando os safaris organizados pela Reserva do Niassa acorrem ali de todos os cantos do planeta. Cruzeiros percorrendo o lago a toda a sua latitude e longitude, com paragem nas principais cidades do Malawi e da Tanzânia começam a ser famosos em todo o mundo.
Finalmente a prosperidade chegou a Metangula transformando aquele recanto do céu numa metrópole que pode rivalizar com Hong-Kong ou a Cidade do Cabo sem medo de lhes ficar atrás.
Se não é, podia ser assim. Ou não?

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

E já lá vão 50 anos!


Para quem vive em Nova Iorque, Londres ou Berlim pouco sentido tem esta imagem. Para quem como nós se fartou de calcorrear as aldeias do Niassa, nada tem de novo ou estranho. É uma simples cena da vida quotidiana de uma família de Nyanjas. O capim, uma mulher, crianças e a cor da terra argilosa que reveste as paredes da palhota que eu recordo como se ainda por lá andasse hoje.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Guanabara!


Tinha condições para ser tão procurada como a baía de Guanabara e no entanto só se vêem cubatas com tectos de capim. Tanto num lado como no outro existem coisas boas e más, mas aqui são muitas as boas e poucas as más. Nada de poluição, confusão, ruído, trânsito e todas essas encrencas que a vida moderna traz atreladas a si. Porque será então que todos correm para o Brasil e se esquecem de Moçambique?