quarta-feira, 25 de maio de 2016

Boa vida? Isso é que era bom!


Chegar ao interior de Moçambique e criar uma cidade a a partir do zero foi o que a Marinha de Guerra Portuguesa fez, logo que foi decidido estabelecer uma base no Lago Niassa. Um posto de rádio e uma pequena lancha de fiscalização foi o ponto de partida para que Metangula começasse a aparecer no mapa.
Uma construtora de Vila Cabral foi contratada para construir os primeiros edifícios para albergar o pessoal e depois disso foi o pessoal da Companhia 2 e, mais tarde, da Companhia 6 quem se encarregou de fazer aparecer aquilo que faltava.


Nas imagens que junto pode ver-se um grupo de trabalho da CF2 a levantar um muro de vedação da área da Base, mais tarde conhecida pelo pomposo nome de «Comando Naval dos Portos do Lago Niassa».
Em 1964, quando lá cheguei com um pelotão de fuzileiros, tinha apenas uma dúzia de homens, entre comando, comunicações e tripulação da Lancha Castor. Lancha essa que na noite de 24 para 25 de Setembro levou umas rajadas de metralhadora, disparadas do ponto mais alto, onde mais tarde viria a ficar instalado o Centro de Comando do Exército. Local onde existia uma segunda cantina para servir a população indígena, a qual era conhecida pela designação de «Cantina da Mulata».
P.S. - Quem tiver bons olhos que se habilite a identificar os trabalhadores, pois os meus já estão a ver tudo desfocado. Mas o Eduardo Bonanza reconheço sem dificuldade.