sábado, 17 de março de 2012

Um baita croco!

Um bicho destes deve ter, pelo menos, 8 metros de comprimento!

Contando as pessoas que estão de barriga encostada no bicho, 16 se contei bem, e considerando meio metro por cada uma, temos 8 metros bem medidos
Vi muitos jacarés no Niassa. Houve quem os tivesse caçado sem descanso para fazer negócio com as peles. Um irmão meu regressou de Moçambique com uma pele curtida e enrolada como um charuto cubano, na ideia de mandar fazer um par de sapatos. Como continuou na Marinha por mais alguns anos, não tinha onde deixar a pele e pediu-me que a guardasse.
Ficou lá por casa anos a fio sem qualquer utilidade. Um dia descobri que o meu filho, na altura com 2 ou 3 anos de idade, tinha medo dela e sempre que a via e fugia a sete pés. Cada vez que chorava para não comer a sopa, bastava dizer-lhe - come tudo senão vou buscar o bicho - que ele esfalfava-se até ver a tigela vazia.
Mas, voltando ao Niassa, os jacarés que por lá vi não mediriam mais 2 ou 3 metros de comprimento. Se havia algum maior escondia-se bem de nós, para não lhe enfiarmos um balázio entre os olhos.

terça-feira, 13 de março de 2012

Serão Nyanjas!

Também desconfio que estas morenaças não são Nyanjas nem falam a língua do Lago, mas encaixam-se admiravelmente na paisagem.
E eu quero acreditar que virá um dia em que belezocas como esta se verão por ali a animar a paisagem enquanto se refrescam nas águas frescas e cristalinas do Niassa. Quando elas lá chegarem é que Metangula será linda a valer!



Mesa de bilhar africana!

Não posso garantir que isto se passou no Niassa, mas a cor do matope que serviu para construir a mesa de bilhar leva-me a crer que sim. A vegetação em volta também me parece familiar. Por todas essas razões achei boa ideia trazer aqui esta imagem que prova que, por mais miseráveis que sejam as condições, o espírito desportivo e de competição está sempre presente na cabeça da juventude.


E vamos mantendo viva esta ideia de dar a conhecer aquele recanto do mundo onde tantos militares portugueses sofreram as enormes dificuldades e privações motivadas pela guerra e que, em tempos de paz, pode ser um verdadeiro paraíso.

terça-feira, 6 de março de 2012

Contra factos não há argumentos!

Todo mundo sabe (ou devia saber) que o Niassa é um grande lago de água doce. A imensidão daquela superfície aquática dá origem a um micro-clima muito especial, em que encontram refúgio exemplares de uma fauna diversificada. A águia pesqueira é um desses muitos exemplos.


Água doce, mas nem sempre calma. Há horas para tudo e, por vezes, há que enfrentar ondas de respeito. Nada que se compare com o mar aberto, mas mesmo assim de se lhe ter respeito. Eu que o diga, pois tenho experiência própria no assunto.


E o peixe que nada nessas ricas águas garante uma boa parte da alimentação de quem escolheu as margens do Niassa para se estabelecer. Peixe de água doce não é tão bom como o de água salgada, mas os Nyanjas não lhe conhecem a diferença.


segunda-feira, 5 de março de 2012

Porque não me ligam?


A rapaziada nova de Metangula está a aprender a mexer nos computadores e não tarda vamos tê-los aí a comunicar connosco. Esta é uma foto recente tirada por um dos formadores que estiveram lá a dar umas lições aos putos. Espero que os tenham ensinado a navegar na net e a usar o motor de pesquisas Google para chegar até mim.
Vamos lá cambada! Basta escrever «tintinaine» na caixa de pesquisas e encontram-me logo! Eu fico aqui à vossa espera!