terça-feira, 29 de agosto de 2017

Antes que Agosto acabe!

Não quero abandonar este blog, mas está cada vez mais difícil arranjar material para o manter vivo. As notícias são poucas e as imagens que me chegam de lá também não são grande coisa. Continuar a falar do passado e do tempo em que a guerra grassava no Niassa, trazendo a desgraça a muitas famílias, nunca foi o meu intento e, por conseguinte, está fora de causa.
Tenho centenas de amigos no Facebook e a minha ideia inicial é que fossem eles a alimentar-me, mas não tenho conseguido grande coisa. Houve aquela fase em que o Luís Cuamba, enfermeiro fuzileiro, esteve na Base Naval de Metangula e me mandava fotos e notícias, mas agora está na Catembe e deve estar mais interessado nuns camarõezinhos picantes e uma Laurentina fresquinha que aturar-me.
Mesmo assim, arranjei uma foto, publicada por um desses meus amigos, que acho interessante e vai servir para "enfeitar" a minha mensagem de hoje. Ora vejam:


Nos meus tempos, Metangula tinha poucas centenas de almas. Hoje tem milhares e não é difícil juntar 20 rapazes que tenham jeito para dar uns pontapés na bola. Aí estão eles, com o Tchifuli como pano de fundo, prontos para defender o bom nome dos Nyanjas.
Esqueci-me de perguntar o nome da equipa, mas qualquer coisa como «METANGULA F.C.» fica a matar!

sábado, 12 de agosto de 2017

Uma escola tropical!


E se chover? Para onde é que eles fogem?
Aqui, em Portugal, queixam-se que faz frio no inverno e não aguentam o calor no verão. No Niassa, em Moçambique, acredito que nunca ninguém se lembrou de perguntar às crianças se têm frio ou calor. Já é um luxo ter um quadro preto encostado ou pendurado numa árvore e alguém, professor ou não, que lhes ensine as primeiras letras e a fazer as primeiras contas.
Já passaram mais de 40 anos, desde o fim da colonização, mas para a população que vive no interior a vida não mudou muito. A escola já era assim, quando por lá passei levado pela guerra.

domingo, 6 de agosto de 2017