Os combatentes da Guerra Colonial conhecem bem os nomes das povoações mencionadas abaixo, pois por ali viveram as «passas do Algarve», enquanto a guerra durou. Primeiramente sem o comboio e depois com ele a ajudar nas deslocações.
Eram despejados, aos milhares, em Nacala e apanhavam depois o comboio que os levava para o interior norte, de onde muitos regressaram estropiados e muitos outros por lá ficaram para sempre. Eu sou um daqueles que seguiu esse caminho e voltou são e salvo.
A reabertura desta linha também nos diz respeito, pois ajudamos na sua construção, assistimos à sua destruição e temos o direito de festejar, agora, o seu regresso à actividade. Desejo, sinceramente, que ela ajude os moçambicanos a ter uma vida melhor, em tempos de paz, como nos ajudou a nós, nos tempos da guerra.
«O Presidente da República procedeu à inauguração, esta quinta-feira, da estação de Lichinga, um acto que marca o fim da reabilitação total da linha-férrea que liga o distrito de Cuamba à capital provincial, numa extensão de 272 quilómetros.
A cerimónia arrancou com uma viajem experimental de 14 quilómetros, de Lichinga ao distrito de Chimbonila. Durante o troço, várias pessoas saudaram a comitiva do Presidente da República e demais pessoas que eram transportadas no comboio.
“O comboio apitou e está a ser ouvido em Mavago, Mandimba, Lago, Ngauma, Sanga, Membe, Mecula, Marrupa, Maúa e todos outros distritos da província. É com imensa emoção e satisfação que me associo à reinauguração da linha de Lichinga, a linha que percorri a cada quilómetro”, afirmou Filipe Nyusi.»
Viva o progresso. Lá vai o comboio, pela linha a apitar,
ResponderEliminarnele viaja o Presidente de República de Moçambique
para a linha, até à estação de Lichinga inaugurar.
O comboio ainda lá não chegava, quando eu lá esteve!
Viva o progresso!.. os Moçambicanos merecem!..
ResponderEliminarOxalá não pare de crescer e melhorar as condições
de vida daqueles povos.
A PAZ É FUNDAMENTAL.
ResponderEliminarO famoso comboio do Catur
Viajei nele umas 3 vezes. Uma a partir de Nacala, quando a minha companhia a CF2C (como o Carlos lhe chamou) se mudou de Lourenço Marques para Metangula e mais 2 a partir de Nampula. Bancos com ripas que nos deixavam marcados e bem doridos. Espero que hoje já tenham desaparecido para bem dos moçambicanos que nele viajam. Não sei porquê mas gostava de voltar um dia a viajar nele. Mas isto será impossível porque não deverei ir mais para aqueles lados. O que eu gostava mais nestas viajens era a paragem em Nova Freixo. Aproveitavamos esta paragem para ir comprar um franguinho para matar a fome. Acho que da última vez que nele viajei, demoraram tanto tempo a preparar o frango que levámos o caminho todo a correr e quando chegamos à estação já o comboio estava a arrancar.
Belos tempos que há muito já lá vão...
Mário Duarte