domingo, 6 de novembro de 2016

De 1969 até aos dias de hoje!

Os combatentes da Guerra Colonial conhecem bem os nomes das povoações mencionadas abaixo, pois por ali viveram as «passas do Algarve», enquanto a guerra durou. Primeiramente sem o comboio e depois com ele a ajudar nas deslocações.
Eram despejados, aos milhares, em Nacala e apanhavam depois o comboio que os levava para o interior norte, de onde muitos regressaram estropiados e muitos outros por lá ficaram para sempre. Eu sou um daqueles que seguiu esse caminho e voltou são e salvo.
A reabertura desta linha também nos diz respeito, pois ajudamos na sua construção, assistimos à sua destruição e temos o direito de festejar, agora, o seu regresso à actividade. Desejo, sinceramente, que ela ajude os moçambicanos a ter uma vida melhor, em tempos de paz, como nos ajudou a nós, nos tempos da guerra.


«O Presidente da República procedeu à inauguração, esta quinta-feira, da estação de Lichinga, um acto que marca o fim da reabilitação total da linha-férrea que liga o distrito de Cuamba à capital provincial, numa extensão de 272 quilómetros.
A cerimónia arrancou com uma viajem experimental de 14 quilómetros, de Lichinga ao distrito de Chimbonila. Durante o troço, várias pessoas saudaram a comitiva do Presidente da República e demais pessoas que eram transportadas no comboio.
“O comboio apitou e está a ser ouvido em Mavago, Mandimba, Lago, Ngauma, Sanga, Membe, Mecula, Marrupa, Maúa e todos outros distritos da província. É com imensa emoção e satisfação que me associo à reinauguração da linha de Lichinga, a linha que percorri a cada quilómetro”, afirmou Filipe Nyusi.»

3 comentários:

  1. Viva o progresso. Lá vai o comboio, pela linha a apitar,
    nele viaja o Presidente de República de Moçambique
    para a linha, até à estação de Lichinga inaugurar.
    O comboio ainda lá não chegava, quando eu lá esteve!

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  2. Viva o progresso!.. os Moçambicanos merecem!..
    Oxalá não pare de crescer e melhorar as condições
    de vida daqueles povos.
    A PAZ É FUNDAMENTAL.

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  3. O famoso comboio do Catur

    Viajei nele umas 3 vezes. Uma a partir de Nacala, quando a minha companhia a CF2C (como o Carlos lhe chamou) se mudou de Lourenço Marques para Metangula e mais 2 a partir de Nampula. Bancos com ripas que nos deixavam marcados e bem doridos. Espero que hoje já tenham desaparecido para bem dos moçambicanos que nele viajam. Não sei porquê mas gostava de voltar um dia a viajar nele. Mas isto será impossível porque não deverei ir mais para aqueles lados. O que eu gostava mais nestas viajens era a paragem em Nova Freixo. Aproveitavamos esta paragem para ir comprar um franguinho para matar a fome. Acho que da última vez que nele viajei, demoraram tanto tempo a preparar o frango que levámos o caminho todo a correr e quando chegamos à estação já o comboio estava a arrancar.

    Belos tempos que há muito já lá vão...

    Mário Duarte

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