domingo, 11 de setembro de 2016

Rebobinar o filme da nossa memória!

A cada passo, dou uma vista de olhos pelas fotos que aparecem na net relacionadas com o Niassa, em geral, e Metangula, em particular. Há muitas fotos antigas, do tempo da guerra colonial, mas na sua maioria representam caras que me são totalmente desconhecidas, ou lugares por onde nunca passei e por isso sem significado para mim. E tenho a impressão que deve haver algum imbróglio entre a Google e o Facebook, pois há muitas fotos neste que não são localizadas pelo motor de pesquisas da Google. Ao contrário, tudo aquilo que se carrega através do Blogger vai lá direitinho.
Na minha última pesquisa, encontrei esta foto de uma das lanchas da Marinha de Guerra Portuguesa em serviço no Lago Niassa, entre 1966 e 1975 (datas aproximadas). Quem a publicou deu o nome de «Castor» à lancha, mas eu tenho quase a certeza que se trata da Regulus e não da Castor. Naveguei a bordo de ambas e sei que eram bastante diferentes, desde o casco, o tamanho, as superestruturas, etc..


Encontrei também esta outra fotografia que retrata o «Bar do Neves», sítio onde depositávamos religiosamente as nossas economias como se de um banco se tratasse. Lembro-me como se fosse hoje que ali apanhei a maior torcida da minha vida Éramos seis camaradas da CF8 e, depois de ter emborcado umas quantas bazucas, ao jantar, despejamos sete (7) garrafas de Johnny Walker para acompanhar o cafezinho que tomámos depois. Na manhã seguinte, acordei na minha cama, mas como fui lá parar não faço a menor ideia.


Antes de construirem esta casa, o casal Neves e Maria (ama dos filhos do comandante da base) vivia dentro da Base, no edifício mais a norte que era reservado aos sargentos. Por trás desse edifício tinham o galinheiro, de onde foi surripiado o galo que serviu de jantar e antecedeu o mar de whisky em que o fizemos nadar depois.
Coisas da juventude que não esquecem e faz bem recordar.

3 comentários:

  1. Depois de mais umas quantas pesquisas descobri tratar-se da Mercúrio, irmã gémea da Régulus.
    Tinha que ser!

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  2. Pouco a pouca, vais descobrindo a careca,
    do que fizeste lá por Metangula,
    da tua vida apanhaste lá a maior cadela
    mas foi no chão que caíste de cima da mula?

    No Niassa, em defesa da Nação,
    Geringonça em marcha lenta
    o Tendeiro percebe da tenda,
    o Marinheiro da embarcação!

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  3. Quando aqui cheguei o Bar do Neves já tinha uma padaria adjacente.

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