domingo, 18 de janeiro de 2015

Guerra não, por favor!

Pescadores no Lago Niassa

O líder da Renamo afirmou, ontem, em Tete, que não aceita de modo nenhum o governo da Frelimo empossado esta semana na capital. Dhlakama tem uma certa razão quando se queixa das manigâncias levadas a cabo pelos frelimistas para fazer o resultado das eleições pender para o seu lado, mas não acredito que o resultado final fosse diferente. Talvez um bocadinho mais equilibrado, mas nunca de sentido inverso.
A actuação da Renamo nas províncias do norte, durante os anos de guerra civil, deixou marcas que dificilmente se apagarão da memória de quem as viveu. A rivalidade entre as duas facções em litígio provocou uma verdadeira carnificina, a fazer lembrar os tempos do Gungunhana. Um morto a tiro não provoca grande impressão, já um cadáver mutilado à catanada nunca mais se apaga da memória de quem o vê. E no Niassa há muita gente que tem essas imagens bem gravadas na sua mente.
Quer tenha sido a Frelimo ou a Renamo a maior responsável por esses tristes acontecimentos, o que todos querem é que eles nunca mais se repitam. Entre gente civilizada, as questões não se resolvem a tiro nem à catanada, mas sim discutindo os problemas e resolvendo-os de acordo com a vontade da maioria do povo a quem eles dizem respeito. Espero que os jovens do Niassa compreendam isto e não se deixem influenciar por políticas ou políticos menos honestos e que apenas pensam no seu próprio benefício, deixando o povo esquecido e a viver com os recursos que Deus pôs à sua disposição quando criou o mundo, há milhões de anos. Para isso não são precisos políticos.

3 comentários:

  1. Aqui está bem descrito, o resultado duma guerra! Quando se pensa que é por esse caminho que se resolvem os problemas, criam-se mais problemas e perdas de vidas humanas, pensem nisto, jovens moçambicanos! Não deixem que isso volte a acontecer no vosso país.

    ResponderEliminar
  2. É pena mas é verdade!
    Moçambique e os seus recursos bem aproveitados e distribuídos pela população através de bens sociais, seria um paraíso para se viver.
    É claro que isso não está a ser feito e a oposição(renamo)não aceita os valores democráticos.Dividir o país?..não me parece que a Frelimo aceite.
    Assim,tudo vai voltar á luta interna e a desgraçar cada vez mais aquele povo que merece ter uns políticos bem melhores.
    Boa sorte moçambique!..

    ResponderEliminar
  3. Se tão fácil fosse assim!
    no mundo acabar a guerra
    viver numa paz sem fim
    para poder trabalhar a terra.

    Naquela terra tão bela,
    banhada pelo Lago Niassa
    vive gente pobre da pesca
    deixe a guerra de ser ameaça.

    O povo precisa de ter paz,
    mas o não deixa a ganância
    quem fazer bem não é capaz
    governa com arrogância!!!

    Viva o povo de Metangula,
    vivo o povo de Moçambique
    a pé ou montados na mula
    sem pão para comer ninguém fique!

    já no tempo da ditadura era livre,
    a água turva no Rio Lunho a correr
    uma das localidades onde estive
    sobre ela muito mais há para dizer!

    Deixem trabalhar em em paz aquele povo. Quem é crente, não creio que em vez da paz, prefira a guerra???

    Paz para os homens de boa vontade, vão para o inferno, todos aqueles
    que a não querem!

    ResponderEliminar