quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Festival de música na Chuanga!



No próximo fim de semana, na praia da Chuanga, vamos ter este e muitos outros artistas.
Quem gosta de música não pode perder!

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Resultados provisórios!


Notícia publicada hoje no Jornal de Notícias:
«Nas presidenciais, Filipe Jacinto Nyusi conquistou a simpatia do eleitorado da província mais extensa do país, ao amealhar 120.818 votos, contra os 111.114 de Afonso Dhlakama, o segundo mais votado. Por sua vez, Daviz Simango não foi para além dos 17.766 votos.
Em relação aos três principais partidos políticos que concorreram às eleições de 15 de Outubro, a Frelimo posicionou-se no primeiro lugar com 113.496 votos, 91.743 para a Renamo e 18.105 votos para o Movimento Democrático de Moçambique (MDM).
Finalmente, na eleição relativa à assembleia provincial, a Frelimo reuniu 116.829 votos, a Renamo 100.152, e, por último, o MDM com 22.774 votos.
No Niassa inscreveram-se 615.258 eleitores para estas eleições, que registaram uma abstenção de 56,2 por cento.»
Isto não são ainda números oficiais, mas acredito que o resultado final não andará muito longe disto. Estavam enganadas as bocas que começaram a espalhar a notícia de que a Renamo tinha ganho as eleições na Província do Niassa e, em particular, em Metangula.
De qualquer modo, o mais importante é que o edil eleito para governar Metangula seja honesto, trabalhador e capaz de lutar pela melhoria das condições de vida daqueles que representa. O resto não passa de política que não enche a barriga de ninguém.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

O outro hemisfério!


Viver no hemisfério norte e manter um blog que trata de assuntos que se passam no hemisfério sul pode criar algumas incongruências ou levantar dúvidas na cabeça de quem por aqui passa e lê com alguma atenção aquilo que escrevo.
Digo isto porque me preparava para escrever que fiz alguns ajustamentos no blog, procurando dar-lhe um aspecto mais de acordo com a estação do ano que atravessamos, o outono, mas poderia ser confrontado com um comentário de alguém vivendo em Moçambique que diria:
- Engano seu, caro amigo, aqui vivemos na primavera!
Se tivesse muitos leitores e comentadores moçambicanos pensaria duas vezes antes de optar por esta mudança, mas infelizmente eles são pouco menos que zero. Agora mesmo fiz um retrocesso de 48 horas verificando quem me tinha visitado e há gente, além de Portugal, da Holanda, do Brasil, do Reino Unido, dos Estados Unidos, do Canadá, da Índia, da Suíça, aparecendo muito lá no fim da lista dois moçambicanos. Acredito que a principal razão é a falta de intenet fixa na maior parte de Moçambique. Quem navega na internet fá-lo através de telemóvel, o que serve para o Facebook e pouco mais. Ler e comentar um blog requer outras condições.
No início tive esperanças de arranjar um colaborador, a residir em Metangula, que me servisse de ajuda publicando notícias e imagens daquela terra, mas hoje já não acredito que isso seja possível. Mesmo assim alterei a mensagem que aparece na coluna da direita, mesmo aqui ao lado, a ver se alguém se acusa.
Cada dia que começa há uma nova esperança, é o meu lema!

sábado, 18 de outubro de 2014

Eleições de 15 de Outubro!


Transcrição de uma notícia encontrada na comunicação social:
«Apesar de ainda escassos, face ao universo eleitoral, dados avançados ontem, quer pelo Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), como pelas organizações interessadas no processo, apontam para a vitória do candidato presidencial da Frelimo, Filipe Nyusi, com cerca de 60 por cento, seguido pelo da Renamo, Afonso Dhlakama, com cerca de 30 por cento, e por último o do MDM, Davis Simango, com oito por cento. Nas legislativas, as projecções preveem o triunfo da Frelimo, com 57 por cento, o equivalente a 142 deputados, seguido pela Renamo, com 30 por cento, correspondente a 75 assentos, e por fim o MDM, com 12 por cento, o que lhe confere 31 mandatos.
Talvez mais do que os resultados, o mais importante ainda é a lição que os moçambicanos deram, primeiro ao afluírem às urnas para manifestarem através do voto as suas preferências quanto aos futuros dirigentes do país e também pelo modo como o fizeram: votação tranquila, ordeira e pacífica.
Não queremos com isto dizer que tudo tenha corrido as mil e uma maravilhas. Temos indicações de os órgãos eleitorais terem que aperfeiçoar um pouco mais os seus mecanismos de funcionamento, pois algumas mesas das assembleias de voto abriram com atrasos, houve trocas de cadernos, alguns membros das mesas não conseguiram as suas credenciais, o que de certo modo originou a ira dos eleitores.»
Tentei encontrar notícias sobre os resultados na Província do Niassa, em geral, e no Distrito do Lago, em particular, mas não tive sorte nenhuma, parece nada ter sido publicado ainda.
Alguns amigos do Facebook disseram-me que em todo o Niassa ganhou a Renamo, em Lichinga a Frelimo e em Metangula a Renamo, mas não sei se estas informações serão muito fiáveis.
O remédio é esperar que os resultados oficiais sejam publicados.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Uma piela de se lhe tirar o chapéu!


É possível que já tenha publicado aqui esta fotografia, mas ninguém se zangará comigo por voltar a fazê-lo. Encontrei-a no Facebook, publicada por um camarada fuzo, e visto retratar um lugar carismático da vila de Metangula quis vê-lo aqui de novo.
O objecto central da fotografia é o bar-restaurante do Neves. Este senhor foi parar a Metangula por ser empregado na firma de construção que levantou os edifícios da Marinha, no ano de 1962. Acabada a construção foi ficando por ali, fez alguns trabalhos para a Marinha, casou-se com a empregada do Comandante Zilhão e percebendo que os militares (que iam chegando às centenas) não tinham onde gastar o dinheiro do Pré, decidiu abrir um negócio para lhes resolver o problema.
Há dias entrei em contacto, via internet, com um cunhado dele que me contou que ele vive ainda em Vila Cabral (Lichinga), de onde partira em 1962 junto com o empreiteiro que foi construir a Base da Marinha. Viveu toda a sua vida no Niassa e não tem coragem de lhe virar as costas.
O bar do Neves faz parte das minhas memórias por lá ter apanhado a maior palhoça da minha vida. Tive como companheiros dessa aventura alguns camaradas que estiveram connosco no convívio do passado dia 14 de Setembro, como o Licínio, o Silveira, o Valter e o Barbosa e lembro-me de outros, como o Adriano que era o cozinheiro da Messe dos oficiais, ou o Belo (Viseu) recentemente falecido em Luanda. Na minha vida já apanhei umas quantas, mas como aquela nunca mais!