Nos velhos tempos da era colonial, o governo português não fez grande coisa pelo desenvolvimento do Niassa. Se não fosse a eclosão da guerra de libertação, a capital da província seria um atraso de vida. A guerra, a movimentação de tropas e o enorme aumento da população branca nas cidades do norte de Moçambique provocou um boom de desenvolvimento como nunca antes tinha acontecido. A logística a que a guerra obrigava fez correr muito dinheiro e aumentar os negócios, especialmente no comércio de bens de consumo. Vila Cabral tinha um aeroporto, mas eram raros os aviões que o usavam. Nos últimos anos da guerra aumentou o tráfego de aviões e helicópteros militares, o que somado à chegada do comboio, inaugurado em meados de 1969, fez Vila Cabral dar um salto considerável
Hoje em dia, é ao governo de Moçambique que cabe a responsabilidade de fazer alguma coisa para modernizar a cidade, agora chamada Lichinga, e melhorar as condições de vida de quem lá vive. Mas, tal como aconteceu nos tempos de Salazar, também agora o Niassa está a ficar esquecido. As estradas e vias férreas estão ao abandono e embora os políticos, durante as campanhas eleitorais, prometam mundos e fundos, não acontece nada. E agora, com a baixa monumental do preço do petróleo e o abandono de alguns investimentos de vulto, as coisas podem piorar ainda, porque a disponibilidade financeira é altamente deficitária e sem dinheiro não se faz nada.
Só um milagre poderá ajudar as gentes do Niassa a melhorar de vida. E gente honesta e trabalhadora nos cargos que gerem os interesses públicos, senão será preciso mais que um milagre.
A fotografia a cores é mais nova que a outra uns bons 40 anos, mas além da cor pouco mais mudou naquele aeroporto que eu tão bem conheci, nos anos em que por lá andei, entre 1964 e 1968.
Esperar que políticos sejam conscientes e façam algo de bom pela cidade é realmente crer que milagres existem.
ResponderEliminarUm bom dia para você
A guerra a fez dar um passo gigante,
ResponderEliminarantes era Vila Cabral, agora Lichinga
só foi pena ter morrido tanta gente
na idade jovem, da vida, mais linda.
Naquele maravilhoso lugar,
não seja aquela gente desprezada
quem me dera lá poder voltar
para ver a guerra enterrada!
O que precisam para viver,
em vez de às populações levar
não faz a região se desenvolver
enquanto assim continuar.
Os necessários serviços deslocar,
para onde são mais precisos
mas, porque os fazem sem pensar
causam avoltados prejuizos.
Copianço de Portugal
centralizam os serviço
não fazem bem fazem mal
Lago Niassa é um paraíso!