As mangas verdes e pequeninas, na maior parte das vezes, não prestavam para comer. Nem os macacos as queriam. Apanhavam-nas, davam-lhe uma mordidela e deixavam-nas cair para o chão.
Quando marchávamos pelo mato e era forçoso que se mantivesse o mais absoluto silêncio, lá aparecia um macaco que dava um guincho e punha a família toda a responder-lhe. Era o suficiente para assinalar a nossa presença e lá se esfumava a surpresa com que esperávamos actuar.
Maiores, mais apelativas na cor era prenúncio de que nos saberiam melhor quando lhe metêssemos o dente. E como fome era coisa que não faltava naqueles tempos, não era raro fazermos desta fruta uma refeição. Algumas tinham um gosto forte à resina que fazia com que as arremessássemos pelo ar após a primeira ferradela.
Na encosta da serra ou por cima das árvores, bandos de macacos faziam uma algazarra danada. Uns achavam-lhe piada, outros tinham-lhe medo, mas a mim eram-me indiferentes. De vez em quando e apenas por diversão saía uma rajada da G3 para o meio das copas das árvores e então... era o fim da macacada!
Mangueiras e mais mangueiras de belas sombras ao pé da praia. Mangas para trincar de vez em quando que mais pode um homem pedir a Deus?
Tudo isto só nas margens do mais lindo lago do mundo, o Niassa!
Macacos, Mangueiras e Mangas,
ResponderEliminarE lindas paisagens desconhecidas
Foi por causa das tangas
Que nos deixaram algumas feridas?
Quando o Cobué conheci,
As mangas estavam maduras
Nunca mais me esqueci
Numa noite às escuras
Num cemitério dormi
Os mosquitos atacavam
Não sabia aonde estava
Quando ao amanhecer
E os galos cantavam
Fiquei a saber
Que as águas do Lago Niassa
Ali próximo estavam.
Tinha mangas para comer,
Sem as ter de comprar
Como posso eu esquecer
Aquele maravilhoso lugar.
Bravo compadre Alentejano
ResponderEliminarda praia da bocejana deves de te lembrar
omemos muita manga no Niassa
para fome nao passar.
Um abraço e nao tenhas mais pressa que o caracol,
Ph.da C.