terça-feira, 18 de agosto de 2015

De volta ao Cobué!


Infelizmente, não é só electricidade que falta no Cobué, mas por algum lado se tem que começar. É bom não esquecermos que o Cobué é a povoação mais isolada de Moçambique. Está tão longe de Lichinga - e muito mais ainda do Maputo - que é impossível lembrarem-se que existe. Para nós, marinheiros do Niassa, Metangula, Meponda e Cobué eram as três "cidades" mais importantes de Moçambique.
Se entendi bem a notícia veiculada pelo jornal Faísca, começaram a construir no Cobué um cais de acostagem para permitir o embarque e desembarque de passageiros do ferry que agora opera no Lago. É o mínimo que se pode fazer por aquela gente que lá vive isolada, já que não existe nenhuma estrada, digna desse nome, que os ligue a qualquer outra cidade de Moçambique. Assim poderão vir até Metangula comprar aquilo que lhes faz falta e vender alguma coisa que possam produzir naquele fim de mundo.

domingo, 9 de agosto de 2015

É arame ou não é?

Lembram-se da discussão sobre a cerca de arame (farpado ou não) que rodeava a Base Naval de Metangula? O Leiria disse, e muito bem, que não havia muros a separar a Base da rua que lhe dava acesso. E já aqui publiquei uma fotografia onde se viam os pilares de cimento que serviam de suporte aos arames da cerca. Mas esta que agora aqui vos deixo é que mostra sem sombra de dúvida como era a tal cerca que marcava os limites dos terrenos da Marinha.


Convencidos?
Não há como ver as provas, daquilo que afirmamos, perante os nossos olhos!
À esquerda, o portão e as guaritas. Ao fundo, o Posto Administrativo.
Esta era a Metangula, baptizada pelo regime de Salazar como Vila Augusto Cardoso, do tempo em que lá vivi ... amantizado com uma G3!

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Foto histórica!


Acabada a Guerra de Libertação, em Moçambique, as duas lanchas de fiscalização mais pequenas, Castor e Regulus, foram passadas (não sei se vendidas ou oferecidas) para a Marinha do Malawi. Na imagem acima vê-se a última tripulação da Regulus, a quem coube fazer a entrega desta Unidade da Marinha de Guerra Portuguesa que esteve ao serviço, no Lago Niassa, durante cerca de 10 anos.