O meu amigo Eduardo Nunes fez hoje uma viajem virtual ao Niassa, passando por Metangula, Lunho, Chuanga, Nova Coimbra e sabe Deus por onde mais terá andado. Eu que também fiquei apaixonado por aquelas terras, esquecendo, como disse o António Querido, as ocorrências menos boas, a fome e o medo que sofri na pele, tal como muitos outros combatentes da Guerra do Ultramar, quis acompanhá-lo nessa viagem. Fechei os olhos, concentrei-me ao máximo e passados instantes estava lá, na margem do lago olhando para aquelas águas límpidas que nos livraram da sede, do suor e do feijão-macaco tantas e tantas vezes.
Com muita pena tive que regressar poucos minutos depois, pois a realidade do nosso dia a dia não nos deixa ausentar por muito tempo. Mas valeu a pena e sinto-me com forças para aguentar mais uns tempos à espera de uma oportunidade de uma viagem real. Quem me dera!
Quem te dera, também eu
ResponderEliminarPoder lá ir e voltar
Quem no caminho não se perdeu
Como tu e eu voltou para contar.
Foi mas não voltou
Da juventude perdida
Um pouco lá ficou
Naquele paraíso escondida.
Não me falta vontade
Se a pudesse recuperar
Com a ajuda da liberdade
A Metangula a iria buscar!
Nem vocês calculam o bem que me faz rever estas imagens e ler as vossas histórias. Se recordar é viver, vocês têm contribuído com muito para que eu ainda vá vivendo...
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