Para manter o físico em ordem, nada como uma boa caminhada logo pela manhã. Sair de casa antes que o sol comece a aquecer, meter a direito pela floresta adentro e gozar a liberdade e o ar puro que Deus nos deu a todos sem termos que pagar imposto para o respirar.
Apreciar todas as maravilhas da natureza (e muitas são elas) e encher os olhos com tudo aquilo que há de belo à superfície da Terra, particularmente nas margens do mais lindo lago pelo qual o meu amigo Valdemar se apaixonou.
E ao regressar à borda de água espraiar os olhos pelo horizonte, por sobre a superfície líquida que parece não ter fim, e apreciar aquelas vistas que dão ânimo a um morto para se levantar e continuar a caminhar.
São raros ainda, mas existem já alguns pequenos refúgios turísticos onde um habitante do mundo civilizado que não sinta absoluta afinidade com a natureza pode desfrutar de algumas modernidades para se sentir em casa. Com excepção das melgas eu preferiria a natureza e dispensaria tais lugares. Mas deixemos-nos de cogitações e sigamos em frente.
Um pequeno troço do trajecto feito de piroga dá-nos a oportunidade de dar um mergulho prolongado e tirar do corpo o suor e a poeira acumulados durante o passeio e regressar assim a casa prontos para continuar o dia sem ter que perder tempo passando pelas instalações sanitárias do «Resort».
E ao regressar a casa avistar ainda as ruínas da Igreja dos Santos Anjos que alguém, um dia, se lembrará de reconstruir, o que dará alegria a muito boa gente.
E passar ainda pelo local onde a população se reúne para assistir ás lições do mestre-escola, prelecções políticas ou ainda gozar de uma hora de convívio e lazer à sombra amiga de uma árvore de frondosa copa.
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