Antes de 1963, no que respeita a construções modernas, nada existia na península de Metangula a não ser o edifício do Posto Administrativo, única representação do governo português naquelas remotas paragens. Para ser mais exacto devo dizer que existia também a «Cantina do Henriques», mas chamar àquilo um construção moderna seria um pouco exagerado da minha parte. Melhor e mais espaçosa que essa era a «Cantina da Mulata», mas por ter tecto de colmo, perdia o direito a ser tratada como um edifício a sério.
Depois dessa data veio a decisão de construir uma capitania e estação radionaval nas margens do Lago Niassa e Metangula foi o lugar escolhido. De Vila Cabral veio o empreiteiro com a maquinaria e os materiais necessários para fazer obra nunca vista naqueles sítios e, em pouco mais do que o tempo que leva a narrá-lo, nascia aquilo que podem ver na imagem abaixo, os primórdios do «Comando da Defesa Marítima (?) dos Portos do Lago Niassa:
Ao fazer um zapping pelos blogues deparei-me com esta novidade. Parabéns por mais este meio de comunicação.
ResponderEliminarA igreja entre 69 e 74 estava em bom estado e caiada só até meio, ou seja, à altura da escada. Servia nesses tempo de escola para a criançada do Cóbué. O telhado teria vindo abaixo por falta de manutenção ou por malvadez.
Um abraço, Godinho
Está, precisamente, como eu o conheci. Aquele Quartel da Marinha, era um hotel de cinco estrelas. Um dia durante uma viagem de Vila Cabral para Metangula. Uma Companhia de que não lembro, se seria ou não a Companhia de Artilharia 636, que penso não tenho a certeza foi acampar em Miandica. Cuja o Comandante era um senhor Capitão, cujo nome também não me lembro.
ResponderEliminarNo percurso perguntou-me se o Exécito tinha boas instalações em Metangula.
Eu, respondi que não tinha. Mas que a Marinha tinha instalações cinco estrelas.
O senhor Capitão, respondeu:- Podera. O Presidente da República pertence à marinha, por isso lhes dá melhores condições.
Não é uma história por mim inventada. Foi real.